quarta-feira, 23 de julho de 2014

GRUPO OPERATIVO IDOSOS 2014.1

Data: 05/07/2014
Local: Associação Promocional do Ancião - ASPAN

 Palhaço cuidador e musicoterapia com Idosos


Contou-se com a participação de alguns dos palhaços do projeto (Iris, Bruno, Gabi Campello, Elina, Gabi Nayara) e nos bastidores Shirley e Camila. A atividade consistia em trabalharmos com o diálogo, brincadeiras, esquetes, musicoterapia e dança. Foi utilizada a metodologia do palhaço cuidador cujas finalidades são desenvolver a criança interior no quesito de sua alegria, trabalhar as características cênicas e cômicas do palhaço, e agir no caminho da humanização nos espaços de promoção da saúde. Há a valorização e a busca da alegria, na qual cada gargalhada do palhaço se une na criança que habita em cada um de nós. Com isso, se transformou, no momento da atividade, em uma ferramenta essencial para aprimorar gestos e atitudes que tornaram as relações mais humanas e solidárias, contribuindo para nós estudantes adquirirmos posturas que resultem em relações afetivas e emocionais amadurecidas quer no meio acadêmico quer no contexto da vida cotidiana. 

Outra metodologia bastante empregada foi a musicoterapia, que sem dúvidas contribuiu enormemente para o resultado bastante satisfatório. A musicoterapia trabalha com o princípio do uso da música e a relação do homem com os sons, para obter métodos terapêuticos de reabilitação física, mental e social de indivíduos ou grupos, ajudando a aumentar a saúde das pessoas. Ela foi ideal para melhorar a qualidade de vida dos idosos e portadores de deficiências na fala, audição e mental, além de auxiliar no combate da dor e do estresse durante a atividade. Quando chegamos ao local, fomos muito bem recebidos pelos funcionários e alguns idosos que se encontravam na recepção. Em seguida, nos encaminhamos para uma sala disponibilizada pela diretoria da instituição para que os palhaços pudessem se arrumar, e houvesse a preparação para a atividade. A organização durou uma hora aproximadamente. Depois, fomos para o pátio onde os idosos estavam sentados. No caminho até o pátio, fomos passando de quarto em quarto, falando com aqueles que estavam mais indispostos, tentando animá-los de alguma forma. Era nítida a tristeza e o desânimo deles, numa mistura de dores físicas com emocionais, pois percebemos tanto as dores ósseas, musculares e viscerais, quanto o abandono, os maus tratos e a solidão vivenciados por eles. Foi desolador observar isso, e não podermos, infelizmente modificar essa triste realidade. Apesar disso, utilizamos brincadeiras, música, dança, piadas, conseguindo deixá-los um pouco mais alegres. E foi incrível o quanto a nossa presença mudou o astral do ambiente, por mais que eles estivessem debilitados. 

Já no pátio, então, ao chegarmos, foi uma satisfação ver as expressões de alegria e entusiasmo das idosas que estavam nos esperando, pois ao nos ver, elas afirmavam ver um pouco do seu próprio passado de juventude e liberdade. E nós retribuíamos essa alegria com muito carinho, o que as deixava ainda mais satisfeitas e amparadas. Apesar de algumas permanecerem muito tristes por não estarem em casa, com a família, abandonadas ali, sem muitos direitos e independência, conseguimos animá-las com nossas brincadeiras, músicas, conversas, manifestações de afeto. No decorrer da atividade, também distribuímos brindes (pulseiras) conseguidos por meio de doações, como forma de aumentar a autoestima delas, conseguindo alcançar nosso objetivo na maioria das vezes, pois em alguns momentos se recusavam a recebê-los devido a questões religiosas e culturais. E a cada momento, todas as ações eram registradas com muitas fotos e vídeos. Com isso, obtivemos um resultado muito positivo com os idosos, até mesmo com os mais debilitados, e a aprovação veio como conseqüência da boa atuação feita durante toda a atividade. Assim, fica gravada a lembrança de que foram momentos mágicos e únicos em nossas vidas, e que com certeza irão fazer muita diferença na vida dos idosos com os quais interagimos naquela doce e breve manhã.

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