Data: 05/07/2014
Local: Associação Promocional do
Ancião - ASPAN
Palhaço cuidador e musicoterapia com Idosos

Contou-se com a participação de
alguns dos palhaços do projeto (Iris, Bruno, Gabi Campello, Elina, Gabi Nayara)
e nos bastidores Shirley e Camila. A atividade consistia em trabalharmos com o
diálogo, brincadeiras, esquetes, musicoterapia e dança. Foi utilizada a
metodologia do palhaço cuidador cujas finalidades são desenvolver a criança
interior no quesito de sua alegria, trabalhar as características cênicas e
cômicas do palhaço, e agir no caminho da humanização nos espaços de promoção da
saúde. Há a valorização e a busca da alegria, na qual cada gargalhada do
palhaço se une na criança que habita em cada um de nós. Com isso, se
transformou, no momento da atividade, em uma ferramenta essencial para aprimorar
gestos e atitudes que tornaram as relações mais humanas e solidárias,
contribuindo para nós estudantes adquirirmos posturas que resultem em relações
afetivas e emocionais amadurecidas quer no meio acadêmico quer no contexto da
vida cotidiana.

Outra metodologia bastante empregada foi a musicoterapia, que
sem dúvidas contribuiu enormemente para o resultado bastante satisfatório. A
musicoterapia trabalha com o princípio do uso da música e a relação do homem
com os sons, para obter métodos terapêuticos de reabilitação física, mental e
social de indivíduos ou grupos, ajudando a aumentar a saúde das pessoas. Ela
foi ideal para melhorar a qualidade de vida dos idosos e portadores de
deficiências na fala, audição e mental, além de auxiliar no combate da dor e do
estresse durante a atividade. Quando chegamos ao local, fomos muito bem
recebidos pelos funcionários e alguns idosos que se encontravam na recepção. Em
seguida, nos encaminhamos para uma sala disponibilizada pela diretoria da
instituição para que os palhaços pudessem se arrumar, e houvesse a preparação
para a atividade. A organização durou uma hora aproximadamente. Depois, fomos
para o pátio onde os idosos estavam sentados. No caminho até o pátio, fomos
passando de quarto em quarto, falando com aqueles que estavam mais indispostos,
tentando animá-los de alguma forma. Era nítida a tristeza e o desânimo deles,
numa mistura de dores físicas com emocionais, pois percebemos tanto as dores
ósseas, musculares e viscerais, quanto o abandono, os maus tratos e a solidão
vivenciados por eles. Foi desolador observar isso, e não podermos, infelizmente
modificar essa triste realidade. Apesar disso, utilizamos brincadeiras, música,
dança, piadas, conseguindo deixá-los um pouco mais alegres. E foi incrível o
quanto a nossa presença mudou o astral do ambiente, por mais que eles
estivessem debilitados.



Já no pátio, então, ao chegarmos, foi uma satisfação
ver as expressões de alegria e entusiasmo das idosas que estavam nos esperando,
pois ao nos ver, elas afirmavam ver um pouco do seu próprio passado de
juventude e liberdade. E nós retribuíamos essa alegria com muito carinho, o que
as deixava ainda mais satisfeitas e amparadas. Apesar de algumas permanecerem
muito tristes por não estarem em casa, com a família, abandonadas ali, sem
muitos direitos e independência, conseguimos animá-las com nossas brincadeiras,
músicas, conversas, manifestações de afeto. No decorrer da atividade, também
distribuímos brindes (pulseiras) conseguidos por meio de doações, como forma de
aumentar a autoestima delas, conseguindo alcançar nosso objetivo na maioria das
vezes, pois em alguns momentos se recusavam a recebê-los devido a questões
religiosas e culturais. E a cada momento, todas as ações eram registradas com
muitas fotos e vídeos. Com isso, obtivemos um resultado muito positivo com os
idosos, até mesmo com os mais debilitados, e a aprovação veio como conseqüência
da boa atuação feita durante toda a atividade. Assim, fica gravada a lembrança
de que foram momentos mágicos e únicos em nossas vidas, e que com certeza irão
fazer muita diferença na vida dos idosos com os quais interagimos naquela doce
e breve manhã.



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